Wednesday, July 25, 2007

elas

era assim que falavas, elas eram elas, as tuas mais queridas amigas, companheiras, um pouco de ti e do Antonio, o teu amor infantil, antigo e dorido
elas precisam, elas vão estar, vou buscar "elas", elas estão à minha espera

elas estão à minha espera, estão a rir com o riso do primo, estão a regar as plantas lá de casa, estão a pensar na tarde simples que vão passar, na noite que vão dormir, nas camas improvisadas que enchem o quarto do ZM, nos brinquedos pequeninos e divertidos, playmobil do tio zé, legos antigos
elas jogam à bola e riem, riem alto, o riso de criança feliz
elas são preciosas como é precioso cada membro que temos, elas são boas puras bonitas
"tia já me comprou o presente de anos?" perguntam-me a mim em vez de a ti (marta, isso não se pergunta, dirias) mas não estás cá para dizer, e por ti, elas já não podem esperar, de ti lembram a beleza do amor que lhes deste, talvez lembrem o teu cheiro, os teus olhos
esse teu amor que faz parte delas, do que elas são
a ana olha para o céu e diz a um tio muito querido: tio, está ali a minha mãe, é aquela estrela, a mais brilhante de todas, e está a olhar por nós
tenho que ir, tenho que as abraçar como se fosses tu que chegasses, e fazê-las rir
espero chegar sempre.

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