Saturday, May 5, 2007

ausência

Vivo a pensar em ti.
Preciso de respostas, preciso de respostas, preciso de respostas.
Vivo agora com o teu terço colorido no bolso e vivo contigo ainda mais intensamente.
Porquê, Catarina? Porquê? Porquê?
Que desespero teres ido assim. Dói, maltrata, ofende.
Como tu dizias, daquela última vez "estou com uma dor tão grande, tão profunda, que não consigo explicar"
Estamos todos, os teus todos queridos, assim.
Todos doridos por dentro, e tão profundamente, que não conseguimos explicar
Estás mesmo aí? Olhas mesmo por nós? Transformaste-te uma estrela que consegue sentir o que sentimos? Sorrir quando sorrimos? Conseguirás ainda cheirar o mar, ou tocar o vento?
E as tuas filhas? Sentes a sua dor que é a de nós todos?
Sentes saudades nossas, minha querida?
Já não te podemos abraçar.
Viverei sempre contigo.

1 comment:

Anonymous said...

A minha maneira de pensar faz-me duvidar de tudo o que me apresentam apenas como suposições. Por isso digo: não sei de onde veio a terra, ou o mar. Não sei se ha Deus, céu ou inferno. Não me considero sabedora o sufeciente para ter certezas sobre a origem de uma tal imensidão. Mas consigo perfeitamente sentir a natureza quando saiu de casa. E uma coisa eu sinto, e pelo menos para mim é uma verdade, a catarina fundiu-se com a natureza de alguma forma. De qual não sei. Nunca vais saber se ela te está a ver ou não, mas se queres senti-la feixa os olhos e sente o vento a passar. A natureza existe, suponho. Beijinho grande Teresa Moreira.